A prefeita Moema Gramacho, o vice, João Oliveira e a Secretária de Assistência Social recepcionaram a delegação internacional no Restaurante Popular |
Uma comitiva de pesquisadores e técnicos de governo de 18 países conheceu, nesta segunda-feira (12), a experiência de Lauro de Freitas em segurança alimentar, em especial o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Destaque nacional na implantação, fiscalização e efetivação do programa, o município foi indicado pelo Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome (MDS) no roteiro dos países que vieram ao Brasil conhecer os programas de segurança alimentar e nutricional, entre eles Colômbia, México, Tunísia, Cabo Verde, Zimbabwe, Egito, Honduras, Peru, Líbano, São Tomé, Camarões, Guiné, Guiné Bissau, Bolívia e Equador.
As delegações foram recepcionadas pela secretária de Assistência Social e Cidadania (Semasci) Maria de Lourdes Lobo. A visita começou pela Central do Bolsa Família, na Estrada do Coco, seguindo para a Cozinha Comunitária e Banco de Alimentos, em Portão, onde conversaram com agricultores e beneficiários, e depois ao Restaurante Popular, no Centro, que serve três mil refeições/dia. O cardápio agradou e os comentários foram os mais positivos. Celso Sousa Pontes, de São Tomé e Príncipe, disse que volta satisfeito para casa. “Levamos o melhor que aprendemos aqui para ver a possibilidade de implantar em nossos países. Falo em nome de todos”, disse parabenizando a prefeita Moema Gramacho.
Impressionada com a multiplicidade de programas utilizados para combater a fome, a comitiva indagou a prefeita se por ser mulher era mais fácil ter êxito nas questões sociais. Moema lembrou que todo o processo de erradicação da pobreza teve início com o ex-presidente Lula. “Não limitamos esforços para acabar com a fome em Lauro de Freitas. O que estiver ao nosso alcance será feito. O compromisso é a chave para qualquer gestor, seja ele homem ou mulher. Nós, mulheres, pela herança histórica adquirida de cuidado com a família, temos maior sensibilidade. Mas o que faz a diferença é o compromisso, acima do gênero”.
A impressão sobre a execução dos projetos sociais em Lauro de Freitas superou a expectativa de Clara Furtado, de Cabo Verde. “A organização e a estrutura é boa. Vou tentar passar para meus colegas como faz diferença quando todos sabem o seu papel. Aqui percebo isso, que cada um desempenha seu trabalho com satisfação”. Para Regina Ntumngia, de Camarões, projetos que envolvem melhoria para as crianças têm “uma estima” maior para ela. “No meu país os jovens ficam mais focados na globalização, na internet o máximo de tempo possível. Acredito que a escola precisa ser integral e percebi que tem projetos aqui realizados no horário oposto à escola tirando crianças das ruas. Com relação à merenda escolar, vou sugerir que seja implantado lá”, aprovou.
Feliz com a impressão que as políticas públicas da área social causam em quem visita o município, Lourdes Lobo lembrou que nem sempre se tem esse reconhecimento dos munícipes. “O reconhecimento de outros países serve para ter uma noção maior da magnitude do que está sendo feito em Lauro de Feitas e, infelizmente, ainda há moradores que desconhecem a maneira de agir quando há necessidade de buscar benefícios que possam ter direito”.
Essa não é a primeira comitiva estrangeira a visitar Lauro de Freitas. Em novembro do ano passado, uma delegação de 32 países fizeram esse mesmo roteiro, conversando com agricultores e beneficiários dos programas sociais implantados no município.
Balanço– Das 40 mil famílias que vivem em Lauro de Freitas 16 mil são beneficiárias do Programa Bolsa Família. O déficit habitacional diminuiu com a entrega de quase duas mil casas. Outras cinco mil estão previstas para entrega até dezembro deste ano. O PAA atende 22 instituições. Em 2010 elas foram beneficiadas com 62.969,10 kg de produtos, em 2011 294.695,94 kg, e em 2012, até fevereiro, 62.944,37 Kg.
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