quinta-feira, 1 de março de 2012

MDS, estados, municípios e DF definem aumento de recursos para proteção social especial

Mais municípios deverão receber, neste ano, recursos federais para os serviços prestados nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), Centros para Pessoas em Situação de Rua (Centros POP) e de acolhimento (abrigos, repúblicas e casas de passagem). A Comissão Intergestores Tripartite (CIT), composta por representantes do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), do Fórum Nacional de Secretários Estaduais (Fonseas) e do Colegiado de Gestores Municipais (Congemas) da área, acordou novos critérios de partilha de recursos para esses serviços, durante reunião nesta quinta-feira (1º), em Brasília.
Os acordos fazem parte das metas dos planos Brasil Sem Miséria e Crack: É Possível Vencer. O MDS definiu na CIT ampliar o número de municípios aptos a receber verbas para o atendimento de pessoas e famílias em extrema pobreza e para o trabalho social com os dependentes de drogas. 
Na reunião, a CIT decidiu ampliar os serviços de Proteção e Atendimento Especializado à Família e Indivíduos (Paefi) e a abordagem de rua nos Creas, o que beneficiará 273 municípios. Os recursos variam de R$ 6,5 mil a R$ 18 mil por mês, por unidade de atendimento, conforme o nível de gestão e o porte populacional do município.
Outras 70 cidades terão expandidos os serviços socioassistenciais nos Centros POP, com recursos mensais de R$ 13 mil a R$ 23 mil por unidade. A capacidade de atendimento a essa população específica em cada Centro POP passará de 80 para 100 ou 200 pessoas por unidade, conforme a população do município ou do Distrito Federal (DF).
A expansão dos serviços de proteção social especial passa a abranger 33 municípios com população entre 200 mil e 250 mil habitantes. Até então, somente aqueles com mais de 250 mil habitantes recebiam esses recursos.
“Verificamos que havia necessidade também nas cidades com mais de 200 mil habitantes e outras. Estamos adaptando nossa disponibilidade financeira e a cada expansão vamos reduzindo gradativamente o porte populacional, para beneficiarmos mais municípios”, disse a secretária nacional de Assistência Social do MDS, Denise Colin.
O aumento de recursos para abrigos, repúblicas e casas de passagem também foi aprovado pela CIT. A medida beneficiará 40 municípios. Outros 65 receberão acréscimo de recursos para ampliar a capacidade de atendimento a pessoas em situação de rua.
Os acordos feitos na CIT ainda precisam ser aprovados pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), na próxima semana. O CNAS definirá os critérios para eleger as prefeituras a serem beneficiadas. Após a aprovação, os gestores municipais precisarão aderir formalmente à expansão para receber os recursos.
BPC na Escola – Outra decisão da CIT diz respeito a metas, prazos e procedimentos do BPC na Escola, que visa incluir na rede de ensino pessoas de até 18 anos com deficiência. O programa identifica as principais barreiras que impedem que pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) frequentem as aulas ou permaneçam na escola. Os municípios que aderirem ao programa terão incentivo de R$ 40 por questionário respondido e lançado no sistema de gestão do MDS. O objetivo do ministério é que todos os estados e municípios façam a adesão ao programa.
“O recurso dos questionários deverá ser usado na preparação técnica das equipes, em material, transporte e contratação de pessoal e em tudo que dê sustentação às visitas de identificação dos beneficiários e de suas dificuldades”, disse a diretora de Benefícios Assistenciais do MDS, Maria José de Freitas.
Proteção básica – Na quarta-feira (29), a CIT havia estipulado critérios de partilha de recursos federais para os serviços de proteção básica do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Serão repassados financiamentos para Proteção e Atendimento Integrado à Família (Paif), equipes volantes, doação e manutenção de embarcações de pequeno porte.
Também foi aprovado o Programa Nacional de Capacitação do Suas para treinar os trabalhadores da área nas ações dos programas prioritários do governo federal. 



Cristiane Hidaka
Ascom/MDS
(61) 3433-1021

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