quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Bahia Acolhe será reestruturado e atenderá a 15 municípios

O Estado vai reestruturar e ampliar o projeto Bahia Acolhe, voltado para população de rua. Além de Salvador, o programa vai contemplar 14 municípios baianos de grande e médio porte. A informação foi dada nesta terça-feira (18), pelo secretário estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), Carlos Brasileiro, no Seminário Defensoria Pública e População em Situação de Rua, quando expôs as ações direcionadas ao segmento.
O Seminário começou na terça-feira, 17, com a participação dos secretários, Carlos Brasileiro e Oscimar Torres, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) e a Municipal do Trabalho, Assistência Social e Direitos do Cidadão (SETAD), respectivamente. Eles falaram sobre a política estadual e municipal de atendimento à população em situação de rua. Carlos Brasileiro fez um breve histórico do que vem sendo feito pela Sedes e os projetos a serem desenvolvidos pelo órgão no atendimento a população. ''Tratar a população não é prestar-lhe apenas assistência social, mas assegurar o acesso a políticas de saúde e de direitos humanos. Com o diálogo entre as instituições, na intersetorialidade, é que conseguiremos mudar a situação", pontuou o secretário.
 Na coordenação do debate, o defensor público, Gilmar Bitencourt, ressaltou o papel da Defensoria no trabalho de assistência a este público. “O papel da Defensoria vai além das apresentações de ofícios e relatórios. É preciso ter o diálogo direto com a população, um contato direto entre defensores e cidadãos. Desta forma, nossa atividade pode se tornar ainda mais eficiente", disse.
O debate gerou diálogos diretos entre a população de rua, os movimentos organizados e os agentes e representantes dos órgãos responsáveis pela assistência e gerenciamento municipal e estadual.
Morador de rua por motivo de ruptura de laços familiares, Clodoaldo Conceição (26), diz ter encontrado nas ruas o melhor tratamento. ''Quem não vive na rua, não entende nossas fraquezas. A discriminação enfrentada, a falta de um teto para dormir, o que comer, sem contato com a família, sem trabalho”.  Seu maior desejo é ter um trabalho que lhe forneça recursos para garantir uma moradia digna, alimentação e saúde.

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