terça-feira, 11 de outubro de 2011

Tecnologia ajuda a mapear oportunidades para população extremamente pobre

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) pretende lançar mão do que há de mais avançado em tecnologia para alcançar os 16,2 milhões de pessoas em extrema pobreza no País. Para isso, está criando uma ferramenta interativa: o Mapa de Oportunidades e Serviços Públicos (MOSP), que vai mostrar onde estão e como funcionam os equipamentos e serviços públicos de diversos setores, voltados à população em extrema pobreza, além de apontar as oportunidades de inclusão produtiva em âmbito macro e microrregional.
Nesta terça-feira (11), representantes de vários ministérios e instituições de pesquisa participam da primeira de uma série de oficinas de trabalho para a criação da ferramenta. “Esta primeira discussão tem o objetivo de fazer um balanço do que temos à disposição, em termos de tecnologia aplicada a políticas públicas, para construir o mapa”, explica o secretário de Avaliação e Gestão da Informação do MDS, Paulo Jannuzzi. 
Entre os ministérios parceiros do MDS no Plano Brasil Sem Miséria, participam da oficina representantes das pastas de Cidades, Educação, Saúde, Cultura, Trabalho e Emprego, Planejamento e Ciência e Tecnologia. Além deles, especialistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) compartilham experiências de aplicação da tecnologia e da internet no acompanhamento de políticas públicas.

Regionalização – Para o secretário executivo do MDS, Rômulo Paes, a principal vantagem de uma ferramenta como o Mapa de Oportunidades e Serviços Públicos é auxiliar, nos níveis regional e municipal, a aplicação das medidas intersetoriais. “O mapa ajuda a compreender a dinâmica espacial de oferta e demanda de serviços e oportunidades, a planejar ações e a gerir melhor as redes de políticas sociais”, avalia. Alimentado periodicamente por diversos agentes envolvidos nos três eixos do Plano Brasil Sem Miséria (acesso a serviços, inclusão produtiva e garantia de renda), o mapa de oportunidades e serviços terá dois públicos principais: os gestores e os beneficiários.

A proposta é criar uma representação visual do município ou da região, com marcadores de localização de equipamentos públicos – escolas técnicas, hospitais, Centros de Referência de Assistência Social (Cras), entre outros. Ao clicar sobre um marcador, o gestor ou usuário terá acesso a uma ficha que mostrará os serviços oferecidos naquele local, para quem, horário de funcionamento e outras informações úteis. “Nosso intuito é diminuir a carência de informações que as pessoas têm sobre como acessar os serviços, e ajudar os técnicos a fazerem encaminhamentos mais rapidamente”, explica Jannuzzi.
O MDS pretende organizar pelo menos outras duas oficinas de trabalho para a construção da ferramenta. A próxima se voltará a instituições estaduais de pesquisa e tecnologia, para apresentar e discutir a proposta. A terceira deverá reunir universidades e outras instituições, para uma discussão sobre análise e prospecção, a partir das informações descritivas do mapa. 
“Trata-se de um desafio que envolve não apenas obter informações, mas mantê-las atualizadas e organizá-las numa ferramenta de fácil navegação, tanto para os gestores quanto para os beneficiários”, resume Jannuzzi. A previsão é de que o MOSP esteja em funcionamento em 2012.

Valéria Feitoza
Ascom/MDS
3433-1070
www.mds.gov.br/saladeimprensa

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