quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Brasil comemora Dia Mundial da Alimentação com avanços no combate à fome

Neste 16 de outubro, domingo, comemora-se o Dia Mundial da Alimentação. Em todo o planeta, mais de 180 países organizam atividades e se mobilizam a fim de reduzir a fome, que afeta 925 milhões de pessoas. Isso significa que não têm acesso à alimentação saudável, de qualidade, em quantidade suficiente e permanente. 
A data, celebrada há 31 anos, marca o aniversário de 66 anos de criação da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). A volatilidade e o aumento dos preços dos alimentos são apontados como grandes responsáveis pela insegurança alimentar em nível mundial e motivo de preocupação para a comunidade internacional. Por isso, este ano o tema é “Preço dos alimentos – Da crise à estabilidade”.
A união contra a fome se torna realidade quando Estado, organizações da sociedade civil e setor privado trabalham em parceria em todos os níveis para derrotar a fome, a extrema pobreza e a subnutrição. Exemplo disso dá o Brasil que, segundo estudo da organização não governamental Action Aid, pelo terceiro ano consecutivo é o país mais preparado na luta contra a fome. O levantamento se baseou na avaliação das ações de 28 países em desenvolvimento.
Segundo a Action Aid, o País conquistou essa colocação devido à combinação das políticas de proteção social, inclusão do direito à alimentação na Constituição Federal, criação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, apoio à agricultura familiar e o plano para adaptação a mudanças climáticas.
Segundo a FAO, o Brasil tem demonstrado, ao longo dos últimos anos, que é possível aliar crescimento econômico e redução da pobreza.

Linha da pobreza – Milhares de famílias brasileiras têm motivo especial para celebrar a data. Nos últimos anos, 28 milhões de pessoas ultrapassaram a linha da pobreza e 36 milhões entraram para a classe média. Com isso, o Brasil já superou o primeiro e principal Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que estipulou como meta para o mundo erradicar a fome e reduzir pela metade, até 2015, a extrema pobreza registrada em 1990.
Para esses resultados, contribuem as políticas sociais do Governo Federal e a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), que engloba 19 ministérios em ações que garantam refeição adequada, saudável e em quantidade permanente, a inclusão do direito à alimentação na Constituição Federal, a publicação do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e o convite à adesão dos estados ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan).

Em 2011, o tema está sendo amplamente discutido em conferências municipais, territoriais e estaduais, todas preparatórias para a nacional, que ocorrerá de 7 a 10 de novembro, em Salvador, Bahia, com expectativa de presença de 2 mil pessoas.

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) coordena ações que asseguram às famílias transferência de renda e direito à alimentação. Entre elas, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que compra a produção da agricultura familiar e repassa às redes socioassistenciais e equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional; Restaurantes Populares, que fornecem alimentação a baixo custo e de qualidade; cisternas, que garantem água a milhares de pessoas no Semiárido; e o Bolsa Família, que transfere renda a 13,179 milhões de famílias em todo o País.
Para Maya Takagi, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, é preciso assumir a realidade. “O Governo Federal reconheceu o tema como prioritário e chamou a sociedade civil. Avançamos na política, principalmente voltada para agricultores. Ampliamos a transferência de renda, com o Bolsa Família, e o acesso aos serviços.”
A primeira ação que garante a segurança alimentar, para a secretária, é o acesso à água. “A meta é construir cisternas para 750 mil famílias no Semiárido e a partir daí ampliar para outras regiões.” 
Brasil Sem Miséria – Apesar de tantas conquistas, no Brasil ainda há 16,2 milhões de pessoas vivendo na extrema pobreza. Por isso, o governo criou o Plano Brasil Sem Miséria, que aperfeiçoa e amplia o melhor da experiência brasileira na área social. A proposta é retirar dessa condição a população mais vulnerável, rompendo o círculo vicioso da exclusão social. O plano busca elevar a renda familiar per capita e ampliar o acesso aos serviços públicos e às oportunidades de ocupação e renda.

Adriana Scorza
Ascom/MDS
(61) 3433-1052
www.mds.gov.br/saladeimprensa

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