sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Políticas integradas e inclusão produtiva são ações de peso para superar a extrema pobreza

A inclusão produtiva e o diálogo entre as políticas públicas são ações que, mais que aliviar a pobreza, visam superá-la. A avaliação foi feita pelo secretário adjunto de Superação da Extrema Pobreza do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Cláudio Roquete, durante oficina da VIII Conferência Nacional de Assistência Social, que reúne, em Brasília, expressivo público da área.

Roquete salientou a luta dos profissionais contra o atraso cultural e o preconceito que fizeram da assistência social, no passado, moeda de troca e oportunismo. “O Plano Brasil Sem Miséria se apoia na experiência construída ao longo desses anos pela assistência”, disse.

A integração entre as políticas públicas também foi destaque na fala da secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Maya Takagi, que enfatizou a necessidade de as ações chegarem em conjunto para atender à demanda da população. Maya citou o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal como a ferramenta fundamental para a busca ativa e como grande compromisso dos municípios para que a meta do Brasil Sem Miséria – de alcançar os 16 milhões de pessoas em extrema pobreza – seja cumprida com êxito.


Ubirajara Machado/MDS
Oficina sobre o Suas e o Brasil Sem Miséria
Simone Albuquerque, diretora da Secretaria Nacional de Assistência Social do MDS, enfatizou a importância do Sistema Único de Assistência Social (Suas) no reconhecimento das especificidades das famílias. “Este é um dos nossos desafios. Precisamos dar visibilidade às famílias brasileiras mais pobres”, afirmou, na oficina “O Suas e o Plano Brasil Sem Miséria: a tradução de seus grandes compromissos”.

Trabalhadores – No Brasil, eles são mais de 800 mil. Os trabalhadores da assistência social e os avanços alcançados nos últimos anos foram tema de debate que atraiu público numeroso. A categoria já comemora a expansão do mercado de trabalho com o decreto assinado pela presidenta Dilma Rousseff na quarta-feira, primeiro dia da conferência.

O decreto autoriza gestores dos estados, municípios e Distrito Federal a utilizar até 60% dos recursos do Fundo Nacional de Assistência Social para pagar pessoal concursado que atue diretamente nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas). Atualmente, atuam nos Cras mais de 51 mil trabalhadores. Os Creas concentram em torno de 15 mil trabalhadores, a maioria de nível superior completo.

“Não se faz política pública sem trabalhadores”, disse a assessora técnica Rosário Ferreira durante a oficina sobre os trabalhadores do Suas. Rosário destacou o diálogo dos profissionais das políticas públicas como instrumento que afirma a democratização da gestão do sistema.

Na oficina sobre gestão do trabalho, Rubens Germano da Silva, presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba, destacou a importância do vínculo empregatício para dar continuidade aos serviços oferecidos à população. “Na minha cidade, Picuí, 69% dos funcionários são estatuários”, informou.

A Conferência Nacional de Assistência Social prossegue até sábado (10).

Ana Soares
Ascom/MDS
(61) 3433-1065
www.mds.gov.br/saladeimprensa

Nenhum comentário:

Postar um comentário